O ex-director do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) explica em entrevista a A Cabra, ontem publicada, as razões que o levaram a apresentar o seu pedido de demissão, há cerca de duas semanas.
Admitindo não ter conseguido que o TAGV "merecesse a atenção daqueles que têm o poder de decidir", Portela relembra a situação de "sub-financiamento crónico" que tem afectado a principal sala de espectáculos da cidade e acusa o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Coimbra de discriminarem de forma "ostensiva" o Teatro e de não reconhecerem "o serviço público prestado pelo TAGV" - desde 2006, recorda, a programação desenvolvida não teve qualquer apoio destas instituições.
No caso do Ministério da Cultura, Manuel Portela lamenta que o TAGV não possa beneficiar de apoios idênticos aos que têm sido atribuídos a salas congéneres noutras cidades do país. No que diz respeito à Câmara Municipal de Coimbra, afirma: "a coisa mais inteligente que se oferece dizer ao seu presidente, frequentador assíduo do TAGV, é que a programação é má. Infelizmente, os dirigentes municipais que temos usam o poder de decidir como se fosse um privilégio pessoal e esquecem-se de que a sua função é imaginar o que é o bem comum e apoiar aqueles que, na comunidade, trabalham com esse objectivo".
A maior parte dos decisores políticos" - conclui - "são meros burocratas: o conteúdo artístico e a importância social dos projectos não lhes interessa verdadeiramente".
Dividida em três partes, a entrevista a A Cabra está já publicada no AMIGOS DA CULTURA (I, II e III), podendo igualmente ser lida no site do próprio jornal ou no blog do TAGV.
Sábado, 5 de Abril de 2008, 10:57.
Admitindo não ter conseguido que o TAGV "merecesse a atenção daqueles que têm o poder de decidir", Portela relembra a situação de "sub-financiamento crónico" que tem afectado a principal sala de espectáculos da cidade e acusa o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Coimbra de discriminarem de forma "ostensiva" o Teatro e de não reconhecerem "o serviço público prestado pelo TAGV" - desde 2006, recorda, a programação desenvolvida não teve qualquer apoio destas instituições.
No caso do Ministério da Cultura, Manuel Portela lamenta que o TAGV não possa beneficiar de apoios idênticos aos que têm sido atribuídos a salas congéneres noutras cidades do país. No que diz respeito à Câmara Municipal de Coimbra, afirma: "a coisa mais inteligente que se oferece dizer ao seu presidente, frequentador assíduo do TAGV, é que a programação é má. Infelizmente, os dirigentes municipais que temos usam o poder de decidir como se fosse um privilégio pessoal e esquecem-se de que a sua função é imaginar o que é o bem comum e apoiar aqueles que, na comunidade, trabalham com esse objectivo".
A maior parte dos decisores políticos" - conclui - "são meros burocratas: o conteúdo artístico e a importância social dos projectos não lhes interessa verdadeiramente".
Dividida em três partes, a entrevista a A Cabra está já publicada no AMIGOS DA CULTURA (I, II e III), podendo igualmente ser lida no site do próprio jornal ou no blog do TAGV.
Sábado, 5 de Abril de 2008, 10:57.