A Conservadora da Casa-Museu Miguel Torga, Cristina Robalo Cordeiro, confessa que não tem "o domínio da situação" sobre o seu funcionamento.
Num texto escrito a convite do AMIGOS DA CULTURA, afirma que "as únicas iniciativas tomadas (publicação de um folheto, fixação de uma tarifa de entrada…) escaparam não só ao meu controle como também ao meu conhecimento. Soube recentemente (e indirectamente) que um orçamento havia sido atribuído à Casa-Museu e que a sua gestão seria feita com a mediação (autorização?) do Vereador".
A Vice-Reitora da Universidade de Coimbra, designada pela Câmara Municipal como responsável pela Casa-Museu a partir da vontade expressa por Clara Rocha (filha de Miguel Torga e doadora do espólio) adianta ainda: "a Casa releva financeiramente da autoridade última do Vereador da Cultura, situação que tem causado infindáveis motivos e ocasiões de frustração…"
Com o título "A Casa-Museu Miguel Torga revisitada", o texto agora publicado vem enriquecer o dossiê "As casas das escritas e dos livros", recentemente aberto neste blog. A autora cita, aliás, o texto de abertura de Carlos Fiolhais, para concordar com a ideia de que "a proliferação de pequenos projectos dedicados à escrita e aos escritores é contraproducente".
Admitindo as "dificuldades circunstanciais de percurso" e que uma das ideias iniciais para este projecto - a "abertura da casa à realização de encontros de escritores, tertúlias literárias, debates e apresentação de livros, colóquios e seminários, representações teatrais e fílmicas" - não é concretizável sem a construção do auditório, a responsável pela Casa-Museu salienta que os Estatutos, por si redigidos, "estão ainda à espera de aprovação por parte da Câmara Municipal".
"A Casa dispõe de um importante espólio e é legítimo que possa constituir-se como Centro de Estudos, destinado a acolher todos quantos pretendam estudar a época e os escritos do autor", defende Cristina Robalo Cordeiro. Para que isso aconteça, no entanto, é necessário que "haja, por parte dos responsáveis, vontade de fazer - e não de desfazer -, sentido estético e ético e não apenas sede de protagonismo básico e mediático!".
Domingo, 20 de Abril de 2008, 14:42h.
Num texto escrito a convite do AMIGOS DA CULTURA, afirma que "as únicas iniciativas tomadas (publicação de um folheto, fixação de uma tarifa de entrada…) escaparam não só ao meu controle como também ao meu conhecimento. Soube recentemente (e indirectamente) que um orçamento havia sido atribuído à Casa-Museu e que a sua gestão seria feita com a mediação (autorização?) do Vereador".
A Vice-Reitora da Universidade de Coimbra, designada pela Câmara Municipal como responsável pela Casa-Museu a partir da vontade expressa por Clara Rocha (filha de Miguel Torga e doadora do espólio) adianta ainda: "a Casa releva financeiramente da autoridade última do Vereador da Cultura, situação que tem causado infindáveis motivos e ocasiões de frustração…"
Com o título "A Casa-Museu Miguel Torga revisitada", o texto agora publicado vem enriquecer o dossiê "As casas das escritas e dos livros", recentemente aberto neste blog. A autora cita, aliás, o texto de abertura de Carlos Fiolhais, para concordar com a ideia de que "a proliferação de pequenos projectos dedicados à escrita e aos escritores é contraproducente".
Admitindo as "dificuldades circunstanciais de percurso" e que uma das ideias iniciais para este projecto - a "abertura da casa à realização de encontros de escritores, tertúlias literárias, debates e apresentação de livros, colóquios e seminários, representações teatrais e fílmicas" - não é concretizável sem a construção do auditório, a responsável pela Casa-Museu salienta que os Estatutos, por si redigidos, "estão ainda à espera de aprovação por parte da Câmara Municipal".
"A Casa dispõe de um importante espólio e é legítimo que possa constituir-se como Centro de Estudos, destinado a acolher todos quantos pretendam estudar a época e os escritos do autor", defende Cristina Robalo Cordeiro. Para que isso aconteça, no entanto, é necessário que "haja, por parte dos responsáveis, vontade de fazer - e não de desfazer -, sentido estético e ético e não apenas sede de protagonismo básico e mediático!".
Domingo, 20 de Abril de 2008, 14:42h.