Está já disponível neste site uma das intervenções no debate de ontem à tarde. Trata-se do texto escrito pelo Director Regional da Cultura que, não podendo estar presente, nos enviou a sua comunicação, lida na altura por João Maria André.
Utilizando o próprio título do debate - "Cidade, arte e política: o valor estratégico da cultura" - para a sua comunicação, António Pedro Pita parte da relação entre os conceitos de "cidade" e "cultura" para, citando Carlos Fortuna, definir cultura como "ingrediente de renovação potencial da vida social nas sociedades contemporâneas".
Neste sentido, afirmar a centralidade estratégica da cultura, "é instaurar na permeabilidade do espaço urbano as condições de circulação de tudo o que pode transformar os corpos, os olhares e os afectos", é afirmar que "o seu núcleo substancial (a tensão 'socialização'/'criatividade')" produz efeitos e "é decisivo em todas as áreas-chave de uma estratégia de desenvolvimento - educação, economia, coesão social".
Definindo arte como "criatividade instransitiva", isto é, como a prática criativa, "independentemente das condições ou das consequências", Pita defende a importância da "sustentabilidade dos focos de criação artística e da existência de um espaço público vivo e dinâmico", dois elementos de "um movimento genuinamente social e político", no qual "a arte devém vida e as vidas se transformam".
Sujeita a múltiplas hipóteses de erosão, a cultura precisa de uma política "coerente e consequente". Para resistir "à erosão do espectáculo, à erosão da demagogia e do populismo (que degrada o popular), à erosão da reafirmação de identidades (contra a experimentação, o devir das diferenças, o cosmopolitismo)".
O texto integral está disponível AQUI. Contamos disponibilizar muito em breve as restantes intervenções iniciais, bem como a transcrição do debate.
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008, 20:18h.
Utilizando o próprio título do debate - "Cidade, arte e política: o valor estratégico da cultura" - para a sua comunicação, António Pedro Pita parte da relação entre os conceitos de "cidade" e "cultura" para, citando Carlos Fortuna, definir cultura como "ingrediente de renovação potencial da vida social nas sociedades contemporâneas".
Neste sentido, afirmar a centralidade estratégica da cultura, "é instaurar na permeabilidade do espaço urbano as condições de circulação de tudo o que pode transformar os corpos, os olhares e os afectos", é afirmar que "o seu núcleo substancial (a tensão 'socialização'/'criatividade')" produz efeitos e "é decisivo em todas as áreas-chave de uma estratégia de desenvolvimento - educação, economia, coesão social".
Definindo arte como "criatividade instransitiva", isto é, como a prática criativa, "independentemente das condições ou das consequências", Pita defende a importância da "sustentabilidade dos focos de criação artística e da existência de um espaço público vivo e dinâmico", dois elementos de "um movimento genuinamente social e político", no qual "a arte devém vida e as vidas se transformam".
Sujeita a múltiplas hipóteses de erosão, a cultura precisa de uma política "coerente e consequente". Para resistir "à erosão do espectáculo, à erosão da demagogia e do populismo (que degrada o popular), à erosão da reafirmação de identidades (contra a experimentação, o devir das diferenças, o cosmopolitismo)".
O texto integral está disponível AQUI. Contamos disponibilizar muito em breve as restantes intervenções iniciais, bem como a transcrição do debate.
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008, 20:18h.