Marcelo Nuno insiste: são "uma elite que acha que sabe mais que os outros"

Marcelo Nuno reiterou no passado sábado as acusações que já tinha feito aos subscritores do texto "Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!", afirmando que em Coimbra "há um conjunto de pessoas que se considera a elite, acha que sabe mais que os outros e consegue ter acesso a mecanismos de pressão, organizando conferências, debates, escrevendo artigos e promovendo abaixo-assinados”.

Em resposta às críticas que constam do documento e que, por diversas vias e diferentes pessoas, têm vindo a ser feitas à política cultural da CMC, o Vereador voltou a falar no "esforço brutal" da autarquia para equipar a cidade "com um conjunto de infra-estruturas para a actividade cultural, como nunca antes houve".

As afirmações vêm citadas no Campeão das Províncias e foram proferidas no programa "Praça da República", da Rádio Regional do Centro.

Intervindo no mesmo programa, Leite da Costa, director municipal da Cultura durante o primeiro mandato da actual maioria autárquica, defendeu a actuação da Câmara Municipal, acusando, sem concretizar: "não se pode dar dinheiro aos que se estão nas tintas para a cultura e são subsídio-dependentes".

Mantendo o registo genérico das acusações e subscrevendo a tese da "elite", concluiu: “Há agentes culturais em Coimbra que, pela sua conotação política e má criação têm conseguido vir para os jornais dizerem perfeitas barbaridades e darem a entender que aqui não se faz nada. No ano passado fez-se uma série de iniciativas sobre Miguel Torga, comemoraram-se os 140 anos de Camilo Pessanha, antes assinalou-se Carlos Seixas, o Arquivo Coimbrão esteve parado há 12 anos, mas sobre os grandes nomes de Coimbra a elite cultural não quer saber deles para nada".


Sexta-feira, 22 de Fevereiro de 2008, 10:24h.