Num depoimento publicado no blog Cinco Dias (e que incluímos já na secção "outros textos" deste site), José Manuel Pureza faz o seu balanço do debate "Cidade, arte e política", realizado ontem em Coimbra, no TAGV.
Professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e um dos subscritores iniciais do texto "Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!", Pureza começa por contextualizar o surgimento da iniciativa e questiona: "Como pode a cultura ser motor do desenvolvimento das cidades? Que papel terá a cultura na cidade prometida e como o vamos materializando na cidade concreta?".
Chamando a atenção para o carácter nacional deste debate, acrescenta: "Pensarmos isto é também interrogarmos o desenvolvimento que temos. É reclamarmos que o lugar da cultura não é “um” lugar, acantonado e insular, nesse desenvolvimento mas os lugares todos, aqueles em que a sociedade respira, se revitaliza e se transforma a cada momento (não é isto o desenvolvimento?). É percebermos que a criatividade é a irmã gémea dessa respiração colectiva, mas que criatividade sem estratégia é fogo fátuo".
A cultura, conclui, é a "única possibilidade de pôr o travão da solidez à deriva de liquefacção que marca crescentemente a nossa esfera pública".
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008, 12:21h.
Professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e um dos subscritores iniciais do texto "Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!", Pureza começa por contextualizar o surgimento da iniciativa e questiona: "Como pode a cultura ser motor do desenvolvimento das cidades? Que papel terá a cultura na cidade prometida e como o vamos materializando na cidade concreta?".
Chamando a atenção para o carácter nacional deste debate, acrescenta: "Pensarmos isto é também interrogarmos o desenvolvimento que temos. É reclamarmos que o lugar da cultura não é “um” lugar, acantonado e insular, nesse desenvolvimento mas os lugares todos, aqueles em que a sociedade respira, se revitaliza e se transforma a cada momento (não é isto o desenvolvimento?). É percebermos que a criatividade é a irmã gémea dessa respiração colectiva, mas que criatividade sem estratégia é fogo fátuo".
A cultura, conclui, é a "única possibilidade de pôr o travão da solidez à deriva de liquefacção que marca crescentemente a nossa esfera pública".
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008, 12:21h.