"Por que é que cidades e cultura se ligam?", pergunta o economista e professor da Universidade de Coimbra José Reis na intervenção que fez no debate do passado dia 20 e que a partir de hoje passa a estar disponível neste blog.
Dando três respostas possíveis para a questão, o ex-Secretário de Estado da Educação e ex-Presidente da CCRC conclui que a cultura tem que ser encarada como uma parte da solução para o desenvolvimento urbano: não só contribui para criar um "contexto acolhedor" nas cidades (indispensável para que elas possam ser competitivas), como é um factor de "energia criativa" e um elemento decisivo para a "criação de valores" e de "novas práticas".
Debruçando-se em particular sobre o caso de Coimbra, José Reis acusa a Câmara Municipal de encarar a cultura apenas como um problema e, até, de ser ela própria um "causador de problemas", que "não se dá bem com a contradição", se "incomoda com a diferença" e "ambiciona a pacatez".
Alertando para o contexto difícil em que Coimbra se encontra actualmente - políticas públicas desfavoráveis, estagnação demográfica e a própria imagem que é projectada a partir das instituições da cidade -, José Reis realça a necessidade de aproveitarmos as "capacidades culturais instaladas" na cidade, transformando essas ameaças "em desafios colocados por nós próprios".
"Temos essas capacidades, essa possibilidade de ser energia criativa e de a cultura, afinal, não ser só um sector recptáculo de apoios mas, inversamente, ser um sector criador", conclui, acrescentando: "Coimbra não pode desperdiçar o capital que tem nestes domínios. Eu admito que o esteja a fazer".
Segunda-feira, 17 de Março de 2008, 15:26h.
Dando três respostas possíveis para a questão, o ex-Secretário de Estado da Educação e ex-Presidente da CCRC conclui que a cultura tem que ser encarada como uma parte da solução para o desenvolvimento urbano: não só contribui para criar um "contexto acolhedor" nas cidades (indispensável para que elas possam ser competitivas), como é um factor de "energia criativa" e um elemento decisivo para a "criação de valores" e de "novas práticas".
Debruçando-se em particular sobre o caso de Coimbra, José Reis acusa a Câmara Municipal de encarar a cultura apenas como um problema e, até, de ser ela própria um "causador de problemas", que "não se dá bem com a contradição", se "incomoda com a diferença" e "ambiciona a pacatez".
Alertando para o contexto difícil em que Coimbra se encontra actualmente - políticas públicas desfavoráveis, estagnação demográfica e a própria imagem que é projectada a partir das instituições da cidade -, José Reis realça a necessidade de aproveitarmos as "capacidades culturais instaladas" na cidade, transformando essas ameaças "em desafios colocados por nós próprios".
"Temos essas capacidades, essa possibilidade de ser energia criativa e de a cultura, afinal, não ser só um sector recptáculo de apoios mas, inversamente, ser um sector criador", conclui, acrescentando: "Coimbra não pode desperdiçar o capital que tem nestes domínios. Eu admito que o esteja a fazer".
Segunda-feira, 17 de Março de 2008, 15:26h.