Num artigo recentemente publicado no portal artecapital (e que se encontra já disponível no AMIGOS DA CULTURA), o crítico Augusto M. Seabra considera "alarmante" a situação de Coimbra do ponto de vista da política cultural. O autor chama a atenção para o "continuado desinvestimento orçamental na cultura" e para o "caso caricato de provincianismo" protagonizado pelo Vereador da Cultura, de quem cita algumas afirmações. Esta política, afirma, "tem tido os mais gravosos efeitos para as estruturas existentes, como o Centro de Artes Plásticas e o Centro de Artes Visuais".
Num texto em que analisa algumas das parcerias estabelecidas pela Fundação de Serralves, Seabra interroga-se sobre o sentido destas colaborações. No caso de Coimbra, e a propósito do acordo relativo ao Pavilhão Centro de Portugal, o autor lamenta que Serralves acabe por dar "cobertura" à política desenvolvida pela CMC e acusa: "só a endémica ausência de uma efectiva “comunidade artística” e um reconhecimento pelo trabalho de Serralves que se confunde com a reverência intimidada, podem explicar que o acordo da Fundação com a edilidade não tenha ainda sido objecto de uma pública e cívica questionação".
No mesmo texto, Augusto M. Seabra responde ainda aos argumentos da subsidiodependência, considerando que, "na opinião publicada em Portugal existe uma forte hostilidade à criação cultural, aos apoios a essa criação e às estruturas vocacionadas para a arte contemporânea nos seus diferentes campos". "Há uma estigmatização dos pretensos 'subsídiodependentes' que toca mesmo as raias do delírio", conclui o crítico.
Sexta-feira, 4 de Abril de 2008, 14:52h
Num texto em que analisa algumas das parcerias estabelecidas pela Fundação de Serralves, Seabra interroga-se sobre o sentido destas colaborações. No caso de Coimbra, e a propósito do acordo relativo ao Pavilhão Centro de Portugal, o autor lamenta que Serralves acabe por dar "cobertura" à política desenvolvida pela CMC e acusa: "só a endémica ausência de uma efectiva “comunidade artística” e um reconhecimento pelo trabalho de Serralves que se confunde com a reverência intimidada, podem explicar que o acordo da Fundação com a edilidade não tenha ainda sido objecto de uma pública e cívica questionação".
No mesmo texto, Augusto M. Seabra responde ainda aos argumentos da subsidiodependência, considerando que, "na opinião publicada em Portugal existe uma forte hostilidade à criação cultural, aos apoios a essa criação e às estruturas vocacionadas para a arte contemporânea nos seus diferentes campos". "Há uma estigmatização dos pretensos 'subsídiodependentes' que toca mesmo as raias do delírio", conclui o crítico.
Sexta-feira, 4 de Abril de 2008, 14:52h