Abílio Hernandez, ex-presidente da "Coimbra 2003 - Capital Nacional da Cultura" e moderador do debate "Cidade, arte e política - o valor estratégico da cultura" marcado para hoje, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), pelas 17h00, falou com o nosso jornal acerca de um tema que emergiu em 2005 e que agora surge "bem fora de água" com o texto "Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!", atingindo os mais de 1000 subscritores.
Para o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o objectivo deste debate "não é falar sobre a política cultural implementada pela autarquia, mas sim fazer um exercício de reflexão acerca das estratégias que devem ser aplicadas". O debate, explica, surge "para se perceber a importância do papel da cultura numa sociedade".
Neste contexto, e apenas na condição de ex-presidente da "Coimbra 2003", refere que "as dinâmicas culturais que foram criadas nessa altura não foram continuadas". Esta situação não é, no entanto, inédita: "também na cidade do Porto, um caso de projecção internacional, não houve seguimento ao trabalho cultural realizado desde 2001, altura em que a cidade portuense foi Capital Europeia da Cultura".
O caso do TAGV é, na sua óptica, um dos mais prementes "do não cumprimento dos deveres institucionais da autarquia", ao considerar que "o apoio ao teatro académico é humilhante". Contudo, "existem instituições que cumprem a sua missão, como é o caso da Universidade de Coimbra, que ao longo dos anos tem procurado apoiar a academia e as suas iniciativas".
O debate surge, assim, como um manifesto de necessidade para se "perceber que a cultura e os seus agentes culturais prestam um serviço à comuniadde tão importante como qualquer outro e, por isso, não vivem de esmolas".
Pedro Bonifácio, Diário de Coimbra, 20 de Fevereiro de 2008.
Para o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o objectivo deste debate "não é falar sobre a política cultural implementada pela autarquia, mas sim fazer um exercício de reflexão acerca das estratégias que devem ser aplicadas". O debate, explica, surge "para se perceber a importância do papel da cultura numa sociedade".
Neste contexto, e apenas na condição de ex-presidente da "Coimbra 2003", refere que "as dinâmicas culturais que foram criadas nessa altura não foram continuadas". Esta situação não é, no entanto, inédita: "também na cidade do Porto, um caso de projecção internacional, não houve seguimento ao trabalho cultural realizado desde 2001, altura em que a cidade portuense foi Capital Europeia da Cultura".
O caso do TAGV é, na sua óptica, um dos mais prementes "do não cumprimento dos deveres institucionais da autarquia", ao considerar que "o apoio ao teatro académico é humilhante". Contudo, "existem instituições que cumprem a sua missão, como é o caso da Universidade de Coimbra, que ao longo dos anos tem procurado apoiar a academia e as suas iniciativas".
O debate surge, assim, como um manifesto de necessidade para se "perceber que a cultura e os seus agentes culturais prestam um serviço à comuniadde tão importante como qualquer outro e, por isso, não vivem de esmolas".
Pedro Bonifácio, Diário de Coimbra, 20 de Fevereiro de 2008.