A cultura em Coimbra actualmente resume-se a uma única sala dedicada inteiramente à cultura e com programação constante. Essa sala, como "toda a gente sabe", é o Teatro Académico de Gil Vicente. E realmente é verdade que "vão acontecendo coisas" por Coimbra, mas de forma mais ou menos diversa e de forma esporádica, eventos que raramente estão inseridos numa linha de programação. É justo referir ainda outros locais com programação cultural contínua ao longo do ano, como o Ar D'Rato ou a Fnac, entre outros. No entanto, nenhum destes locais é uma sala de espectáculos a tempo inteiro nem possui dimensão para eventos de grande envergadura.
Sou um dos responsáveis pela manutenção e actualização da Agenda Académica de Coimbra (http://nei.dei.uc.pt/agenda/), uma iniciativa conjunta da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra e do Núcleo de Estudantes de Informática da Universidade de Coimbra, cujo objectivo é agregar e mostrar todos os eventos que se vão passando no nosso concelho, e por esse motivo considero-me razoavelmente informado sobre o que se vai acontecendo na nossa cidade. A esmagadora maioria destes eventos são de índole cultural, e ao observar o site facilmente se observa o que indiquei no primeiro parágrafo: faltam em Coimbra salas com programação dedicada exclusivamente a eventos culturais e com capacidade para albergar, pelo menos, algumas centenas de pessoas. Quanto muito, (e além do TAGV) temos o CAE, na Figueira da Foz, um exemplo no qual Coimbra (e quem "manda" nela) devia pôr os olhos. Até porque já foi provado vezes sem conta que a cultura pode gerar retorno económico, o que é mais uma prova de que esta não pode ser encarada como uma "despesa".
Outro exemplo prático que penso merecer a atenção de todos nós é o recentemente recuperado Theatro Circo, em Braga, que, apoiado pela Câmara Municipal local, consegue manter uma programação de grande nível a preços relativamente acessíveis, especialmente na área da música (foram já inúmeros os nomes internacionais e reconhecidos que já passaram por aquela sala), capaz de fazer inveja a algumas das salas mais importantes do Porto e de Lisboa.
Penso que este é um excelente exemplo de uma cidade portuguesa com uma população semelhante à de Coimbra e que já pôs os olhos no futuro. Quando é que chega a nossa vez?
João André Ferro Fernandes
Sou um dos responsáveis pela manutenção e actualização da Agenda Académica de Coimbra (http://nei.dei.uc.pt/agenda/), uma iniciativa conjunta da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra e do Núcleo de Estudantes de Informática da Universidade de Coimbra, cujo objectivo é agregar e mostrar todos os eventos que se vão passando no nosso concelho, e por esse motivo considero-me razoavelmente informado sobre o que se vai acontecendo na nossa cidade. A esmagadora maioria destes eventos são de índole cultural, e ao observar o site facilmente se observa o que indiquei no primeiro parágrafo: faltam em Coimbra salas com programação dedicada exclusivamente a eventos culturais e com capacidade para albergar, pelo menos, algumas centenas de pessoas. Quanto muito, (e além do TAGV) temos o CAE, na Figueira da Foz, um exemplo no qual Coimbra (e quem "manda" nela) devia pôr os olhos. Até porque já foi provado vezes sem conta que a cultura pode gerar retorno económico, o que é mais uma prova de que esta não pode ser encarada como uma "despesa".
Outro exemplo prático que penso merecer a atenção de todos nós é o recentemente recuperado Theatro Circo, em Braga, que, apoiado pela Câmara Municipal local, consegue manter uma programação de grande nível a preços relativamente acessíveis, especialmente na área da música (foram já inúmeros os nomes internacionais e reconhecidos que já passaram por aquela sala), capaz de fazer inveja a algumas das salas mais importantes do Porto e de Lisboa.
Penso que este é um excelente exemplo de uma cidade portuguesa com uma população semelhante à de Coimbra e que já pôs os olhos no futuro. Quando é que chega a nossa vez?
João André Ferro Fernandes