depoimentos: Carlos Cidade

Continuando a actual Câmara Municipal a insistir numa visão passada e passadista da nossa Cidade, apesar do dever de cultivar a História e recuperar o Património da cidade ser importante e saudável, mas não se pode ficar reduzido a isso e às estátuas, pois a competitividade urbana, a visão moderna dos autarcas, o cosmopolitismo das urbes têm igual ou maior importância e são cada vez mais estratégicos?

Vivemos um tempo em que é imperioso e vital preparar o futuro, em vez de passar-se a vida a celebrar o passado.

Por outro lado quando se quer afirmar a Cultura, a Câmara Municipal é a primeira a não ter programação e orientação nos objectivos municipais, que deveriam ser para uma cidade como a nossa, de atenção especial, permanente e acima de tudo com inteligência, é totalmente menosprezada, levando muitos agentes culturais da cidade a afirmar que “Coimbra escusava de ser posta ao ridículo” com as opções municipais.

Quando os próprios responsáveis directos pela área da cultura, Vereador e Presidente, chegaram ao ponto de pôr em causa o regular funcionamento dos poucos espaços culturais da cidade, assim como as iniciativas culturais relevantes, quer para Coimbra, quer para os seus agentes culturais, o resultado não poderia ser muito diferente.

Parece ser um triste fado, mas valem iniciativas como estas, para pelo menos alertar consciências e preparar o futuro imediato, por uma COIMBRA CULTURAL EM TODA DIMENSÃO.

Carlos Cidade